quarta-feira, fevereiro 27, 2008

vestidos de vento


Há diversas explicações para o OM, todas muitíssimo belas. Aprecio muito a interpretação da Nadabindu Upanisad, que apresenta uma personificação mítica da palavra OM, imaginada como um pássaro, cuja asa direita seria a letra A, a esquerda a letra U e a cauda, a M. Gosto de imaginar a longa cauda do fonema e o som se propagando continuamente. Num estado profundo de meditação, um yogin pode chegar ao ponto de não ouvir mais nenhum som. Por enquanto,esforço-me para ouvir os sons sutis do universo. Mas quando ouço o OM dentro de mim, ainda são tempestades, cascata e ventanias. Talvez chegue o tempo das flautas, da vina, do sussurro das abelhas. E quem sabe, um dia, o silêncio...