quinta-feira, outubro 23, 2008

my home

Esta é uma representação de Tadeusz Kantor, em Cracóvia, em 1987, três anos antes de sua morte. O título é homônimo ao post. Objetos sem gente, mas cheios de gente. Como um teatro bidimensional.

terça-feira, outubro 14, 2008

o cheio e o vazio


O mundo cheio de imagens vai gerando a morte das imagens: todas as impressões visuais são registradas assim, como meras informações. A qualidade, o valor e a presença do que é realmente icônico - do que importa nesta imagem enquanto signo - vão sendo percebidos cada vez em menores graus. Assim também acontece com as palavras, com as notícias dos jornais. Mallarmè desejou que os jornais publicassem os sonhos dos habitantes das cidades ao invés dos seus acontecimentos cotidianamente políticos. Eu também.

Não dou crédito à imagem, porque não sei de onde ela veio antes de chegar no meu arquivo

quinta-feira, outubro 09, 2008

peixe dourado


Le Clézio leva o Nobel literário do ano. E o prêmio também vai para os índios que o inspiraram aqui no nosso continente. Dele, lembro do "Peixe Dourado" . Penso-o, também, como um peixe dourado: louro, com sua elegância, nadando em Nice.

Le Clézio, pra você: graçapé, guaraçapema, piraiú, piraju, pirajuba, saijé e saipé.


Na ilustração: Matsya, o peixe, um avatar de Vishnu
Temple Sculpture at CR Park Kalibari, New Delhi

terça-feira, outubro 07, 2008

templum

O meu colégio eleitoral não é em Salvador. Portanto, no que diz respeito às eleições, não sou uma cidadã soteropolitana. Mas sou. A cidade vai para o segundo turno com tristes opções, mas é o que temos agora. E eu nem posso dizer que contribuo nesta desfaçatez. Mas dentro do mesmo assunto, fico sabendo que há uma petição contra o uso de leis de incentivo à Cultura para construção de templos religiosos (entenda-se igrejas evangélicas...). Abaixo o site para assinaturas dos interessados.

Se ao menos se soubesse que templo/templum era uma janela para se olhar os deuses, contemplá-los, enxergando além...




Eu de Cassandra, numa montagem de As troianas, há centenas de anos.