quarta-feira, fevereiro 10, 2010

a visão da flor


Ando nestes universos das artes orientais e da ciência. Assim, não há como não ficar encantada por estes dois belos, nobres e curiosos rapazes cabeludos, cheios de línguas, bigodes e barba. Trecho de uma conversinha deles, em inícios do século passado:

TAGORE: Uma vez perguntei a um músico inglês para analisar uma música clássica, e explicar-me quais os elementos que contribuiam para a beleza daquela peça.
EINSTEIN: A dificuldade é que a música realmente boa, quer seja do Leste ou do Oeste, não pode ser analisada.
TAGORE: Sim, e o que afeta profundamente o ouvinte está além da própria música.
EINSTEIN: A mesma incerteza sempre estará lá, é fundamental em nossa experiência, na nossa reação à arte, seja na Europa ou na Ásia. Mesmo a flor vermelha que vejo diante de mim pode não ser a mesma para você e para mim.
TAGORE: E ainda há sempre em curso o processo de reconciliação entre eles, o gosto pessoal em conformidade com o padrão universal.