quinta-feira, maio 03, 2007

nélida piñon


Um amigo querido me conta que um dia esteve numa festa onde estava o Cortazar. Perdi esta festa.
Não sei como era o rosto de Homero e tento imaginar Shakespeare em roupas de ensaios teatrais, mas nem sempre consigo.
Desconheço o sotaque de Guimarães Rosa, as contrações abdominais de Artaud, os passos de dança em Lorca e as comidas que saboreavam o paladar de Kafka.
Nélida é uma escritora do meu tempo, da minha língua, do meu verso e que toca profundamente o meu coração. Pode existir maior contentamento do que sabê-la ali, ao sudeste do meu país, a fazer anos e eu podendo desejá-la uma imensidão de coisas benfazejas para sua vida e sua escrita?
Axé, Nélida!