terça-feira, março 29, 2011

one-nine-four-seven



Acontece o Viva Dança Festival Internacional - ano 5 -( http://www.teatrovilavelha.com.br/festivalvivadanca5/index.php ) e temos a felicidade de ter o butoh-Ma de Tadashi Endo novamente por estas paisagens.

Nas origens do butoh, as sombras e as luzes herdadas do fogo de Hiroshima e Nagasaki e das imagens dos seus mortos.

Nas origens do butoh, violência e Eros.


Kazuo Ohno morre dançando aos 103 anos.

Tadashi dança 1947, ano do seu nascimento.

Minha mãe faz 60 anos.

Kali é a deusa do tempo.


domingo, março 27, 2011

o mantra do meu segundo capítulo

Não tenho medo do grande perigo, que é passar deste lugar para algum outro. O meu medo é não passar, não permanecer, não ser atravessada.
Falta-me, ainda, a crença na eternidade.
E por isso sou tão fraca, por isso tão pequena; por isso sinto dores e somente por isso é que tenho medo de morrer.

quinta-feira, março 24, 2011

nelson da rabeca e sua mulher, dona benedita

http://www.youtube.com/watch?v=0d2k0bfy61E

avós avôs

Prefiro Bachelard a Durant ou Maffesoli.
Prefiro Staiger a Szondi ou Lehmann.
Prefiro aqueles que ocupam o lugar dos avôs dentro das filiações.
Gosto das pessoas mais velhas, gosto dos professores, dos mestres, dos ancestrais, de gente que viveu mais do que eu e, por causa disso, provavelmente sabe mais que eu.
Eu nada sei.
Este ano, publicarei o meu primeiro romance. Ele ganhou a bolsa Funarte e o prêmio de publicação da Fundação Pedro Calmon. O seu título: “O homem que sabia a hora de morrer”. Trata do encontro de uma neta com seu avô e a morte que paira sobre eles. E será dedicado aos meus quatro avós: Altino, Aurelina, Erotildes e Laurentino. Que uma pequena porção da sabedoria deles esteja impressa nas minhas pobres palavras.

domingo, março 13, 2011

o japão do meu coração

mother

A coreografia de Kazuo Ohno, a mãe do teatro-dança butoh (o pai seria Hijikata) e o filme do sul-coreano Joon-ho Bong levam o mesmo título. E ambos estão cravados como flores num materno e sagrado coração.

sábado, março 12, 2011

facebook


Passei dois anos trabalhando sozinha e foi muito bom. Agora, inicio o meu doutoramento e o resultado será uma encenação a partir do yoga. E esta é a desculpa que uso agora para justificar minha adesão ao facebook. Na verdade, estou num momento bicho do mato e poderia até permanecer nele por mil anos. Mas há o teatro e os atores e as cenas. Então farei o seguinte: vou aprender a utilizar as ferramentas do veículo e me alfabetizar socialmente. E confesso que já está sendo maravilhoso rever algumas carinhas queridas. Jaya, jaya!