sábado, janeiro 16, 2010

francisco, um sol

“Nessa encosta, onde é já bem declinante
o seu pendor, um outro Sol Nasceu,
como este quando do Ganges levante.
Portanto, quem citar o berço seu,
não diga Assis, que seria carente,
mas diga Oriente, que bem escolheu”
Dante Alighieri (A divina comédia – Paraíso, canto XI).


Escrevi "Francisco, um sol" para Maicon, este jovem diretor de teatro tão sensível e tão preenchido de entusiasmo pelas idéias grotowskianas. Diz a etimologia que estar entusiasmado é estar cheio de deus.
Alguns anos atrás, Gilberto Gil esteve no Liceu e Maicon, ainda garoto, recebeu o então ministro com algumas palavrinhas inspiradas. O músico retribuiu a gentileza dizendo que ele possuia uma "consciência bailarina". Ora, consciência que dança é coisa de Shiva. Então que Surya, o sol do oriente, ilumine este Francisco!
No Teatro Martim Gonçalves (dom a ter), às 20h.
Ingresso franciscanamente gratuito.




domingo, janeiro 10, 2010

teatro castro alves

Hoje, dia 10, exatamente quatro anos depois do Décimo Encontro dos Profetas populares em Quixadá, comemoramos 2010 com Jeremias no TCA. Naquele encontro conheci quase todos os profetas da chuva que me ajudaram a escrever este textinho. Ali não havia uma profetisa como Dica, a Conselheiro de saias de Goiás. Assim, inventei uma mulher que fazia profecias em forma de trova e dei-lhe o nome de Paruara, que é o nome de um poeta de lá, do sertão do Ceará. Agora, há uma sacerdotisa de Apolo e Dioniso comigo, ao som da sanfona, no palco deste teatro que leva o sobrenome dela e do poeta Cecéu, o menino que escrevia sobre os negros e o condor,
na cidade onde eu nasci.